Enoturismo nas Terras de Sicó - Este terroir único

Terras de Sicó – Este terroir único

Inserida na IG Beira Atlântico desde 1993 e antes na região das Beiras, a sub-região Terras de Sicó situa-se na região Litoral Centro de Portugal, englobando os concelhos de Alvaiázere, Ansião, Condeixa-a-Nova, Penela e Soure e as Freguesias de Lamas (Miranda do Corvo), Abiúl, Vila Cã, Redinha e Pelariga (Pombal) e Aguda (Figueiró dos Vinhos).
Neste território de felizes coincidências geográficas misturam-se, qual paleta de cores, tons vivos de verde que pintam as montanhas, os vales e encostas solarengas e dão chão a um mesclado irregular de oliveiras seculares e um admirável entrelaçado de vinhas velhas podadas em vaso e outras mais recentes podadas em cordão bilateral de um rico e ancestral património de castas como a Baga, Bastardo, Rufete, Grand noir, Alfrocheiro Preto, Tinta Roriz, Trincadeira e Touriga Nacional nas tintas e a Fernão Pires, Bical, Rabo de Ovelha, Arinto e Cerceal nas castas brancas.

O clima é de invernos frios e húmidos e verões quentes e secos com elevadas amplitudes térmicas onde as culturas milenares do vinho, mel, azeite e do aclamado queijo do Rabaçal encontram condições de exceção para a produção de produtos de elevada qualidade.

Neste território singular de terrenos argilo-calcários encontramos na aldeia vinhateira de Podentes a singularidade dos solos cársicos. Uma biodiversidade latente nas coberturas sedimentares que integram no encepamento das vinhas a singularidade e robustez que emana do veludo da pedra. Os sistemas hidrológicos presentes na drenagem sistémica do carso conferem aos solos uma capacidade extraordinária de desenvolvimento e ventilação, onde as castas desenvolvem especificidades notáveis, ganhando uma maior resistência aos agentes agressores e quando colhidas no momento certo apresentam os marcadores da acidez e dos açúcares em condições ideais para a elaboração de grandes vinhos.
A dedicação milenar à cultura da vinha e produção de vinho que remonta à época romana, a prevalência na ocupação dos espaços vinhateiros, bem como a tradicional valoração das castas autóctones permitem afirmar a sua ascensão a patamares de elevado nível para a produção de vinhos brancos, tintos, rosados e espumantes de elevada qualidade.

Fonte: Vinisicó